terça-feira, 3 de março de 2015

CAPÍTULOS XIX - XXII




 CAPÍTULO XIX

    As Jatakas são relatos das vidas passadas do Buddha, quando Ele ainda estava na condição de Bodhisatta, e nas quais Ele preencheu os requisitos para tomar-se o futuro Buddha no Seu último nascimento. Seu principal propósito através destas vidas e como Buddha foi ajudar às pessoas que sofrem no Samsara.
Muitas destas histórias falam do Bodhisatta, Seus amigos e discípulos. O Bodhisatta passou muitas vidas preparando-se para Buddha e, assim, manteve-se unido as muitas pessoas através de Suas vidas, e quando estas pessoas a Ele ligadas tomavam-se Seus discípulos. Ele lhes revelava suas vidas passadas. Podemos ler com grande interesse como Ele ajudava e ensinava a todos com Compaixão. Bodhisattas ensinam ao menos pelo exemplo próprio. O Bodhisatta experimentou sofrimentos no Samsara (roda de renascimentos). Pela leitura dessas histórias, podemos compreender a natureza das dores, sofrimento, alegria, gentileza, Compaixão, bondade, verdade, generosidade, e outras virtudes. Uma boa e nobre pessoa que vive à luz da Verdade é chamada Bodhisatta (ou Bodhisattva). Bodhisattas fazem votos de tomarem-se Buddhas. O último Buddha conhecido foi Gotama, que viveu há mais de 2539 anos atrás. O próximo Buddha será Metteyo (Maitréia ), o Buddha da Compaixão e Sabedoria.
Há muito tempo atrás havia um costume na Índia de se viver uma vida religiosa quando se atingia idade avançada e os deveres familiares estavam cumpridos. Esta era a tradição dos brâmanes, que eram os líderes espirituais da sociedade hinduísta. O Bodhisatta uma vez nasceu numa família brâmane e cresceu como um. Mais tarde Ele tomou-se um recluso e passou a vida religiosa na floresta. Lá encontrou um grupo de idosos que passavam seu tempo com risadas e brincadeiras. Costumavam manter pássaros, micos e macacos para treinar. Eles tinham um macaquinho treinado com muitos truques, como também em modos rudes, que aprendera com os donos. Esses homens costumavam ir ao mercado comprar alimentos e deixavam o macaquinho só em casa. Esse macaquinho aproveitou uma dessas chances e fugiu, encontrando o Bodhisatta. O Bodhisatta disse ao macaquinho: "Não deves agir assim diante das pessoas. Seus atos deveriam ser bons, mas você tem maus hábitos". O macaquinho ficou impressionado. Mais tarde, seus donos retomaram com os mantimentos conseguidos no mercado. Repararam como seu macaquinho estava quieto e calmo, como nunca antes. Não fazia mais atos rudes nem algazarras. "Por que será?"- perguntaram-se. E o macaquinho respondeu-lhes: "É muito baixo ser rude e espalhafatoso. Este modo de ser não nos ajuda a ser calmos e a cultivar a disciplina". Ouvindo isto, os donos tomaram-se comedidos e polidos,  desenvolvendo nobremente suas mentes.




 CAPÍTULO XX

       Certa ocasião, o Buddha pregou a um grupo de seis, explicando como uma pessoa poderia aprender ou ouvir a uma lição ou sermão atentamente. Neste grupo, Ele percebeu que somente uma pessoa estava realmente atenta. Então o Senhor explicou a razão desta falta de atenção a Ananda. Ele explicou que as tendências passadas destas pessoas era de muita luxúria, vaidade, ignorância e desejos, seguidos de sofrimentos que arruinaram a concentração e as mentes delas. Portanto, necessitamos de calma e disciplina a fim de cultivar propriamente nossas mentes. "É como se cultivássemos uma plantinha com cuidado ou como uma Mãe cuida de seu filho. Então podemos viver em paz e felicidade."



 CAPÍTULO XXI

       Os Ensinamentos do Buddha à respeito da paciência, veracidade, sabedoria, etc. são importantes para todos na sociedade de hoje. Ele expôs estas práticas a Mahamoggallana, qualquer que puder abster-se da má fala, da raiva, da ansiedade, etc., produz grande mérito. Boas qualidades como veracidade, paciência, caridade, etc., são as principais vias para uma vida honrada, justa e boa, seja para um ser humano ou para um deva (ser divino). O Buddha era movido por grande Compaixão e Amor por todos os seres, e Ele exemplificou como o monge budista pode contribuir para a felicidade alheia. "O Bem é a visão dos monges, e suas associações são sempre felizes. A visão deles é rara e traz grandes bênçãos para o mundo, por terem realizado o Nobre Caminho e os Quatro Frutos".



 CAPÍTULO XXII

      O conselho do Sublime sobre a caridade é muito importante para toda a humanidade. Ele ensinou às pessoas a darem o que puderem; não somente para a Sangha de monges, não somente comida. Qualquer um pode dar coisas materiais, porém também é importante a palavra amiga, consolo, pensamentos animadores e encorajadores. Sabendo o que o outro necessita, no momento, todo ato pode tomar-se caritativo. Enfatiza-se doar comida, água, roupas, remédios, etc., aos necessitados. A fala amena e suave com doentes em sofrimento; atos gentis, de amor e entusiasmo para com os tristes. Deveríamos compreender quão frutífera é dana (caridade) de pensamentos de amor compartilhados com os outros. Doar bens materiais e não-materiais são igualmente frutíferos. Doar a Lei (Dhamma) é o ato mais excelente que possamos pensar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário